segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Registro - Alisson Monteiro - sobre formação ocorrida em 13-02

Bem vindos, ao fantástico mundo da literatura, eu sou Willie Wonka, e esse é o caminho pra você ver como se faz um reflexivo.
Uma pessoa reflexiva se faz assim, uma tigela de água misturado a camões, leve ao forno por 3 versos seguidos e repita-os até formar uma tigela de estrofes, derrame cada estrofe em quatro tigelas, e sirva os “poemas”. Uma dica para acompanhar, sugiro algumas mordidas de sentimentalismo e ódio positivo antes de quererem experimentar

Ali na roda, se nasce o ciclo, de quando liam pra mim, e eu era platéia de gingantes contadores de histórias, pessoas que olhava com admiração e poder, os via como meus primeiros professores, contadores de histórias, e hoje, venho aqui ter uma aula de como assumir seus postos.
Até que ponto virei tio? RS.... Até que ponto serei lembrado como o tio dos computadores? RS...lembra de quando a gente ia no ccj e os caras não deixavam a gente jogar, bons tempos....
Claro, sendo o mais pé no chão possível, a luz acabou, andamos 158 passos a noroeste em busca de uma região de conforto visual para melhor sobrevivência da espécie.
Claro, a luz volta, se faz uma roda de oração evangélica agradecendo a Eletropaulo e seus maravilhosos poste que conduzem eletricidade, e são dados 158 passos em retorno a posição inicial do bando culto, retornando a sala de porta redonda onde discutíamos como salvar o mundo, ou pelo menos o mundo de alguém, ensinando-os as imaginarem.
De certo modo, registro o grau de importância de cada um, quando se discuti numa sala por três horas ou mais, estratégias de abordagens de iniciação ao prazer dos estudo para crianças, quando se utiliza de 7 horas semanais de vida diária ao esforço pra tentar salvar um futuro cidadão se tornar um “número social” talvez em um importantíssimo acadêmico mesquinho, ou mais, quando se utiliza as melhores 18 cabeças a fim de melhorar talvez, 25% no nível social de um bairro.
Vc se pergunta, cadê os subprefeitos nessa roda?...Não, não é brasileirismo, achar que a educação depende deles, deles políticos, até pq, acredito eu que devo meu emprego a burrice do sistema educacional, que refletiu em uma merda total, sendo até digno de dizer, ufa, passei a tarde toda discutindo como fomentar o prazer por livros para crianças carente de um bairro, e não vi nenhum político nessa convenção....sinal que vai dar certo.
O que nos torna ousados, como se parte das minhas funções fosse tentar desfazer a merda que a escola faz ou preveni-los com gosto por literatura, pra quando estiverem com suas prováveis “aulas vagas” condicionados a funkearem pelos seus pátios caçando fêmeas férteis em bando, lhes bate uma indagação, ei, que Mané pegar muié gostosa fácil com vontade de “procriar” que nada, vou aproveitar dessa aula vaga pra ler “Poesias de amor, de poetas que não comem ninguém, por alisson monteiro, já nas bancas”.... É, nossa meta é diminuir em cinco anos a taxa da natalidade e substituir por tesão por leitura RS fácil fácil RS
Ironias a parte, sei que nessa roda, rolou seletividade, uma seletividade pra operar tarefas que, não sei como dizer, sempre quis fazer, se voltar contra o sistema educacional.
O ódio positivo, que mata a zona de conforto, que te faz ter medo do amanhã e estudar, que te acorda mais cedo pra não atrasar, o ódio negativo que gera abaixo-assinados, e livros de conceitos políticos, anárquicos ou comunistas... Mas seja lá como for, aquele mesmo sentimento de que nessa merda não posso ficar, nessa merda não posso viver.
Daí, em meio a isso, surge o CCJ, que nas palavras da mediadora, que me fez refletir durante a semana toda sobre a questão: o livro como colonização.
Não da pra eu registra isso pq eu ainda estou pensando nisso. Sinto-me assim, é você dar um diamante pra um mendigo, e ele olha, pega o diamante, olha com cara de nojo, cheira, sacode, morde, diz que essa porra tem gosto horrível, joga longe e te xinga, eu quero algo pra comer pô, vai da bijuteria pra tua mãe rapá...
Assim que tenho medo de me sentir, é ver jovens na biblioteca, perante uma idade de 14 a 16 anos, sem metas, ou projeções de metas, ambições, rodeados pelos autores que influenciaram suas épocas, reclamando de abandono do governo, o que pra mim é maravilhoso, me sinto muito melhor abandonado pelo governo rodeado por uma biblioteca com nomes que fizeram uma histórias, do que ser amparado pela Dona “maraquinha” que me dará um ponto positivo ao ler ou copiar a lição, melhor ser amparado pela liberdade de um laboratório autodidata, do que ser socorrido pelo fale inglês em 3 meses, pode to be?
Mas, voltando ao Tomie, eu não gosto daqueles biscoitos da porta, são sem sabor pra mim...
Diante do meu retorno a memória, me lembro de um tapete, que misturava livros infantis com os nossos, o que me faz lembrar que “livro infantil” é uma mera conceituação idiota, afinal eu ainda sou criança, sério, uma criança crescida, mas uma criança, afinal no tapete não tinha” código civil ou livro de constituição”, seja essa nossa maturidade digna de ser estudada.
Pois se leio Machado de Assis, utilizo das mesmas áreas do cérebro que uma criança utiliza pra imaginar o sapo da história.
Aí me pergunto, até porque ainda penso entre as janelas do ônibus, até quando trouxer 18 jovens de mais de 300 não é sim colonizar o espaço com quem já passou por isso, talvez algo a-lá matrix, desplugarem seus cérebros do mundo da “dança dos famosos” e fazerem viver de modo sério em simpósios.
Até que ponto isso é verdade, superior? Jamais, o que me torna um homem de colete é o ódio, o ódio positivo que não posso deixar a vida rolar como está...
Se eu pudesse passar alguma coisa, passaria “fascínio”, fascínio pelos detalhes...
Fica perantemente proibido que não se ensine moralidade sem antes saber apreciar a naturalidade das plantas e suas formações de folhas.
Fica proibido que me digam o que é certo ou errado de um cérebro que não se choca contra seu próprio tamanho ao estudar um pouco sobre astronomia. Recuso-me a aprender o melhor horário pra se fazer às coisas, de alguém que não entende a importância da liberdade na literatura.
É meio que ser arrogante, querer que eles sejam apaixonados pela vida de modo geral, que vejam através da caneta o fascínio de como aquilo escreve, é fazê-los ficar calados após dizer que a água do mar só não invade a terra por causa da Lua, e conseguir silêncio total após dizer isso...
É vai ser difícil, mas tamo aí na atividade tia...






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