domingo, 28 de outubro de 2012

Registro do dia 08/10/2012


Começamos a manhã de segunda com um assunto incomodo a eleição, sim incomodo, pois somos obrigados a votar ou nos manifestar de alguma forma, e mesmo assim é chamado de democracia, assim entre um computador e outro, descobrimos o empate entre Serra e Haddad, pois bem, e agora em quem votar? e o Trípoli quem é?

Interrompido este assunto fomos para o piso dois do ccj, visitar a exposição que a Mari organizou.

A exposição é marcante, e as imagens fotografadas me passam uma sensação de dor e luta relativo à vida das pessoas expressas no negativo.

Ao fim da apresentação e conversa sobre a exposição, demos continuidade com o registro da Carol, que logo trouxe a oficina da semana retrasada, com brincadeiras e instrumento de percussão, no desenrolar da conversa surge o comentário válido sobre a vida do oficineiro, que desistiu de ser pai de santo para ser educador, assim partilha com a nova geração, tudo que aprendeu com seus mestres, no sentido de cultivar a cultura através de danças e jogos, e afastar intenções maldosa, subscritas em letras escancaradas de algumas músicas.

Assim passamos para a apresentação de Lygia Clark, por Joana, que nos contou um pouco sobre Lygia e suas obras relacionadas à arte e a psicanálise, e ressalta um frase “a obra e aberta e inacabada"(era mais ou menos assim)

Frase pequena, porém faz refletir.

Seguimos com Cildo Meireles, apresentado por Mariana, um carioca, com obras de caráter político, revela-se em obras como as de garrafa de coca-cola com inserções de frases no rótulo, e ainda ossos e e moedas relativos a igreja, e também a impregnação do vermelho, como o nome diz somente acessórios vermelhos, alguém diz na roda que visitantes poderiam deixar objetos vermelhos para contribuir com a obra( olha lá, Lygia Clark de novo) eu disse é de se refletir!

Entre uma tatuagem e outra começa a apresentação da Ângela, Nuno Ramos, que polêmico, obras com urubus, surgem debates, como pode usar vidas como objetos, animais, nós também somos animais e nem por isso estamos expostos em galerias sem direitos de querer estar ali.

Que horror não gostei, acho que muitos também não, mais valeu a apresentação da Ângela, que colocou outra versão para este engasgo, que talvez a ideia do artista era causar empatia em que a via.

Pois bem ainda com mal estar vamos para o almoço, na volta recebemos a visita da Luciene Silva trazendo jogos e brincadeiras de crianças, foi divertido, e ficou claro a minha falta de coordenação em algumas brincadeiras, aprendemos a fazer mágica com barbante e pião de jornal, peripécias da infância não havia lugar para o ócio, e assim entre brincadeiras e canções terminamos mais uma segunda de formação.

 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Registro Ericka



07-05-2012 Bom dia! 
Dia de formação, na chegada ao tomie, surpresa! que café da  manhã  
Biscoito, bolo de chocolate, torta de frango. Hummm...

fizemos a roda e esperamos  a chegada de todos, recebemos a visita da Melina e da Andréa.
 Nos Cumprimentamos e conversamos.
entra um entra outro, e logo a Tâmata, outra surpresa! é o seu aniversario, parabéns cantamos.

pausa para o café, agora sim, hora de saborear o menu, reencontrar a todos e converssar sobre a semana.

fim do café, sentamos em rodas divididas por grupos, o  da biblioteca  e um grupão, net livre, recepção e volantes.

O grupo da biblioteca teve a presença da Melina e da Andréa ajudando na discussão e solução de seus assuntos pertinentes.
no grupão tivemos a presença da joana e conversamos sobre a oficina de digitação,e a faichetária de idade de quem procura a oficina, Natame trança o cabelo. Em seguida o Bruno e a Carol nos contam uma novidade, a proposta  de uma oficina  de grafite, opa?! não tem spray! e agora? Procura a solução!

Joana nos avisa  de suas férias de duas semanas para o término de seu trabalho.

fim da reunião pausa para o almoço, quinze para ás duas voltamos ok! sem atrasos diz a Angela.

13h45  voltamos do almoço estonteantes de tanto comer. seguimos  a tarde com a oficina de ateliê, e muitos materiais
carvão,tijolo, retalho, espuma e argila, na qual trabalhei.
Então bora lá, mão na massa!

testa daqui, testa de lá, custura, cola, corta, martela, aperta, raspa o tijolo.

Assim nasce a criação.

Trabalhos expostos é hora de apreciar.
O esforço e a história que trazia cada arte deixaram claro as raizes e a nostalgia de cada autor, sempre relembrando o passado com avós, bairros da passagem da infância ou mesmo a trajetória de uma vida.
Ficou claro que a oficina  de artes plásticas trouxe não só, um objeto inventado mais um pouco de cada monitor.



Segunda-feira, 20 de agosto de 2012.

Primeiro registro coincidindo com a primeira vez que participo da formação. E, quanto antes melhor, quero assumir que não pude acrescentar em nada nas discussões e decisões, visto que passei o dia me situando. Principalmente por ter chego exatamente depois das decisões principais já estarem em andamento. Mas isso eu só soube no final do dia, porque, além de ter entrado num grupo já bem estruturado, cheguei num momento, digamos, delicado, e é assim que começa o dia.

Quase todo mundo tinha chego quando Angela entrou com o assunto que rondou a semana: Segundo informações o grupo precisava conversar. Propôs então que para melhor se entendessem que conversassem sozinhos. Sem pestanejar saíram do Espaço Sarau Joana, Angela, Mari e Felipe.

De fato precisavam conversar. A conversa fluiu numa boa e, estranhamente, o que estava aparentemente incomodando um ou outro, na verdade, incomodava a todos, cada um ao seu modo. Todos pensavam que o grupo tornara-se apático, a maioria vendo isso apenas (ou principalmente) nos dias de formação, o que era um problema. A resolução foi de que sempre falássemos (e aí posso me incluir) quando algo incomodasse. SEMPRE. Tudo resolvido e meio a piadas veio a ideia de mudar a programação para apenas um final de semana (que depois se tornou dois). Mais ou menos 1h30min depois do início a Gisele foi chamá-los de volta para que então pudessem saber o que resolveram.

Puts, não me lembro mais da ordem, mas a Gisele leu seu registro e assim que me “indicaram” a fazer o próximo a única coisa que eu pensava era que não escrevia assim, bonito.

Fomos almoçar e na volta o Alisson fez sua apresentação com várias fotos de infância e diversos vídeos de suas experiências no palco, além do caderno onde escrevia ainda na infância e um projeto para um centro cultural num prédio abandonado. Em seguida foi a vez de Natame fazer sua apresentação. Falou de seus trabalhos num TELECENTRO e em uma rádio autônoma e nos trouxe seu caderno de desenho, algumas fotos muito bonitas que ela tira sem permissão e fragmentos da história que está escrevendo.
Acabada as apresentações, passaram a decidir sobre a programação, que acontecerá provavelmente em dezembro, revendo as atrações e decidindo os dias e horários. Fizemos isso, ou melhor, fizeram, porque novamente eu estava boiando, até as cindo da tarde, que é quando o dia e esse registro acabam.

sábado, 15 de setembro de 2012

Registro do Dia 03 de Setembro de 2012 - Luiz Augusto


São Paulo, 03 de Setembro de 2012.
São Paulo, 10 de Setembro de 2012.

Crônica de Morte e Vida

O dia está azul e quente e sorri de forma singular para ti meu caro. Sua luta mal começou, porém o que você mais desejava está contigo novamente: a sua fé na vida. Que nela você encontre os seus próprios caminhos e descubra o quão bom é viver!

Queria lhe dizer senhora que tenho muitas perguntas para você, contudo o meu chamado por ti foi, para antes de tudo, que me ajude a elucidar o que aconteceu na segunda do dia 3 de Setembro de 2012.
Tomie no CCJ, recordo-me de encontrar o espaço de pernas para o ar... Equipe da manutenção arrumando algumas coisas no teto, placas nos vidros da entrada dizendo sobre o funcionamento dos sanitários – no dia anterior foi show na rua – e meu querido lugar, a biblioteca, com o seu carrinho cheio de livros para guardar e com um cavalete e uma mesa bem na entrada que me fizeram imaginar: que diabos aconteceu aqui durante essa minha folga preciosa de quatro dias?

Não importa o que aconteceu e sim que você está de volta!

Mato saudades de rostos conhecidos e corações amigos... A minha volta vejo a roda do Tomie tomar forma, todavia, era uma roda diferente. Talvez somente para mim, mas diferente. O registro do Alisson vem parar em minhas mãos antes mesmo que seja lido para os outros e isso sem dúvida foi importante na hora para mim... Ali estava a morte de um artista! No meio da roda resistia um monstro invisível e indizível, no formato de envelopes alvos, onde a proposta era, de escrever em seu interior o que nos incomodava na formação e o que poderia ser feito para mudar.
Aquele monstro me encarava e eu incomodado com sua imagem, penso numa forma de apagar sua presença... Não queria ser pedante em dizer o que poderia ser mudado na formação e muito menos queria lamentar pelos os encontros do Tomie, que muitas vezes não me satisfazem, melhor dizendo, não nos satisfazem. Mesmo tendo essa convicção, o monstro continuava a me observar, quando sem mais nem menos escuto palmas de “Parabéns pra você!” e vejo pessoas vindo ao meu encontro. Como poderia? Meu aniversário não era aquele dia. Confuso e feliz por ter pessoas que possam se lembrar desta data, resolvi me entregar ao máximo a esse dia.

Programação do dia: tudo o que não dera para ser feito na segunda anterior, o registro do dia 27/08, mais a programação e encontro com gestores. Pamela, Sema e Éricka apresentariam um pouco do que fizeram e fazem de suas incomparáveis vidas, logo no período da manhã. Isso foi uma boa mudança e assim como tal, traz nova vida e sentido, colocando em patamar elevado as vidas suas.

         Começa a leitura do registro do Alisson... Termina a leitura do registro do Alisson... Aplausos de decepção ou incredulidade? O que eu sempre soube, no momento em que li um pedaço de seu registro, que ele não estava ali. E por que haveria de estar? Criamos estereótipos de pessoas e ações. Esperava-se um registro, irônico, fantástico, engraçado e no final vemos um texto duro e claro. Tempos mais tarde ouviria uma frase curiosa: “Não estamos prontos para ouvir!”.

         Não subestime nenhum registro, pois cada um traz em seu interior uma verdade pessoal e uma verdade coletiva. Fecha os olhos, para um pouco e ouve o que os rios tem a dizer.

Início das apresentações de percurso e Pamela em seus longos 5 minutos nos apresenta o que tinha preparado apenas verbalmente e consigo traz um caderno onde tinha desenhos e textos. Sem dificuldade nenhuma senta no chão e relata sobre a sua formação acadêmica em moda, a luta feminista, o fazer de suas próprias roupas... a palavra de ordem é “cisgênero”, o aceitar ser mulher. Numa roda-viva de perguntas, como por exemplo, um livro que te marcou e a história do nome, resoluta se faz nas respostas e levanta do chão para ir ao nosso humilde e precioso lugar, a roda. Espero que essa futura pedagoga possa encontrar o vão que existe entre Laboratório de Pesquisa e Biblioteca, e consiga fazer uma ponte! Máquina e livros, como uni-los? Esse é um desafio real e que a Pamela encontrará na difícil e sagrada arte de ensinar outro ser humano a ler. Aplausos.

A apresentação do Sema foi o que se pode dizer um tanto... me faltam adjetivos para nomear tal “correria”. O que me chama a atenção é o salto mortal que ele deu pela manhã para estar ali e sua apresentação, isso sim que é uma correria, trouxe até as fotos de família ainda no porta-retratos... “Como começo isso?” – que pergunta... Muitos começariam pelo o início – o nascimento. Porém, ele começa com aquilo que forma o seu caráter.

Caráter: especificidade, cunho, marca. Qualidade inerente a uma pessoa, animal ou coisa. Os traços psicológicos, as qualidades, o modo de ser, sentir e agir de um indivíduo, um grupo, um povo. Gênio, humor. Firmeza de atitudes.

De repente alguém quebra a roda, vai até a recepção da biblioteca e pega o livro Fahrenheit 451 de Ray Bradbury, quem era mesmo? É claro, tinha que ser o garoto que tem uma injeção de otimismo cravada na veia (como disse Bruno em seu registro), Luiz Augusto. Por que você colocou aquele livro na roda e ainda mais ao lado do monstro?
Filho de pai comunista e ateu, o garoto que acredita que o mundo foi construído pelos pedreiros... Ops! Brincadeiras à parte, Sema nos conta de sua ida a um estádio de futebol pela primeira vez aos 3 anos de idade - No futebol, ele encontra o norte de sua apresentação.
Clube de Futebol Autônomos (o único time que não reza o Pai-Nosso antes de entrar em jogo) e viagens com ele, como por exemplo, uma viagem para Bristol... O punk-rock apresentados por sua mãe... o anarquismo e a casa Mafalda, são desfiados e pelo o que eu sinto, o  Amor é a marca que une tudo o que esse garoto, esse jovem-monitor, esse eternamente jovem, têm e se esforça tanto para manter de pé. Sema, você diz odiar as pessoas e eu lhe digo que te amo e que será muito difícil te levar embora desta vida! Sema, você é amante da vida! Você é a semente da nobre arte de ser você mesmo! Você é um bichão! Aplausos.

         Senti que o grupo se disperçava às vezes, conversas aleatórias e olhares distantes permeavam a roda, até mesmo eu estava incluso nesta. Vida por que medimos o tempo em minutos, horas, dias, meses e anos? Por que não o medimos em momentos? Um bom momento eu diria, quase que imperceptível aos olhos foi: o Willian empinando a cadeira para trás quase cai, ou foi impressão minha? Morte, qual é o seu objetivo?

         Dar sentido à Vida!

         Morte, como você é clichê! A apresentação da Éricka chega, com uma pequena vislumbração minha: de que Éricka, a última a entrar ano passado, seria a última a fechar o ciclo de “correrias” deste ano... Que feito esse! Postergou tanto esse momento, e no final descubro coisas que não saberia dela se não houvesse tido esse dia. Teatro Mazzaropi, filme Domésticas (onde a nossa anfitriã não aparece), o fanatismo pelo RPG, a adolescência rodeada por amigos e shows, sem dúvida são momentos e não horas na vida da garota que trocou a área química pela biológica. Onde a estamparia de camisetas (acredito, como hobby), as muitas viagens e o verde das plantas são o seu repouso... Apresentação leve como a fumaça de um cigarro e uma leve brisa de como a vida pode ser um eterno cachimbo da paz... Aplausos.


O que fica para mim, de todas as apresentações de percursos pessoais, é que existe no mínimo uma centena de adjetivos para cada pessoa aqui. Não devemos julgar ninguém pelo o que é na vida e nem muito menos pelo o que faz no escuro. E sim, pelo o seu entregar a se conhecer, conhecer os outros e acima de todas as coisas o emprego do Amor e a fé que depositamos em algo. Viver mais forte!
Ângela não procure pelo em ovo, porque um dia você pode encontrar...

Não há como negar que a Ângela me inspira a pensar...

Por que você colocou o livro ao lado do monstro?

Pensando bem, fazemos muitas coisas que nem imaginamos a consequência. O livro me puxava e pedia para ser colocado ao lado do monstro. Talvez – e tenho certeza disso agora – inconscientemente eu queria ter um lança-chamas e fazer como o bombeiro Montague do livro e destruir o monstro que estava no meio de nós...

Quando damos nomes a nossos fantasmas, eles assumem uma corporeidade e assim, são mais fortes para nos derrubar. Vocês têm armas para enfrentar tal monstro tomiohtakeano? Sendo quem sou, poderia apenas levá-lo para o outro lado. Mas vocês são humanos, têm que encontrar uma forma de viver entre seus medos.

Espaço para formalizar o final deste ciclo de “correrias” e a certeza de que não foi um tempo perdido. Com exatidão foram os cruzamentos de histórias pessoais, com trabalhos, amizades, estudos, convicções que temos nessa longa jornada. Frustrações existem aos montes, deveria ter dito isso... feito aquilo... Porém, eu , Luiz Augusto, sei que fiz o melhor que podia na hora de minha “correria”, afinal somos humanos e erramos.

       O espaço é formado por nós, atualizamos ele ou deixamos, conformados, estagnar-se.

Temos mais um nascimento: que poderia haver uma roda de conversas sobre traumas escolares que passamos. Pareceu-me animar a todos, mesmo até a mim, que felizmente não tenho traumas desta época. Homens! Não deixemos isso morrer!

Uma tentativa falha de divisão dos grupos de trabalho da programação, que acabou por se tornar um grupão de trabalho. Tema: “Faça você mesmo!” – sub-tema: “Pobre de um país que precisa de heróis”. Também houve o nascimento de mais dois grupos de trabalho, o grupo 6 que ficaria responsável por atividades para crianças, e o grupo 7 que ficaria responsável pela onírica fachada do CCJ.
         O Tomie virou lugar de ação, o pensar agindo está nestes novos tempos. Os encontros de segunda-feira se tornaram reuniões de trabalho... O questionar agora não é um perguntar filosófico, como por exemplo: “de onde viemos e para onde vamos?” e sim “quanto custa?”, “quando pode ser a apresentação?”, “você tem clipping?”, e por aí vai... É claro que existe todo um processo até esse ponto, programar ações. Contudo, o que me incomoda é saber se tudo isso faz parte do desejo do grupo ou de algumas pessoas dele? Seria um forçamento de barra, como bem disse aquela garota esperta, Gisele, em sua Tentativa número 2 do registro?

        
Morte, existe vida depois da programação?

         Almoço, vamos?

         Depois do almoço, o espaço Sarau se encontra com cinco grandes mesas e com uma multidão de pessoas para lá e para cá. Marília, Rodrigo, Fernanda, Andrea e Markito, cinco gestores responsáveis por uma mesa cada. Para que grupo vou? Decido pelo o grupo 5, que Marília era a gestora e que tinha a função de nos ajudar em como organizar, preparar e pensar como faríamos a exposição do Sr. João; de como colocaríamos um calendário-programação que ao mesmo tempo fosse interativo e informativo ao público; e por último, a exposição de um grupo chamado “Fliperama” que tivera no começo do ano uma visita monitorada ao CCJ.
Deus! Me ajude a descrever esse momento, por favor!

Estou aqui para coisas mais simples e os seres humanos são muito complexos! Eles adoram complicar tudo, e eu pergunto: “Para quê tanto desperdício de tempo?”.
O que posso lhe auxiliar é dizer que após falar tanto de horários, pregos, madeiras, tintas e contratações, Marília se mostrou muito atenciosa e prestativa, foi uma boa reunião, não há como negar! Depois deste momento percebi que acabei por não me tornar onipresente e onipotente, que perdera por exemplo, um detalhe: o monstro invisível de papel alvo permanecia ali no centro, visível aos olhos, mas escondido ao coração... Outros tantos grupos já não se encontravam mais no espaço. Eles estavam agindo! Outros já tinham suas tarefas cumpridas e uns outros começariam a colocar em prática durante a semana a ação.

Estou no meu limite Destino, podemos terminar?

Não. Iremos forçar um pouco mais o cérebro.

Dia diverso. Um grande e apertado círculo se forma e cada grupo fala sobre o que foi decidido... Willian quase cai de novo da cadeira, todos percebem... Parece-me tudo bem!

Alma, por favor!

Um pouco mais, calma!
         Grupo 7 se reúne para discutir sobre a fachada: “Você sabe o que acontece aqui?” em pichação ou grafite? Contudo, temos que ter algo pronto para apresentar aos responsáveis e eles do seu tribunal condenar ou não. Fico com a sensação de que não terminou...


Amor, Morte, Vida – Amo-te até a morte Vida – Morro de amor – Me ame enfim – Enterre-se em mim – me ame sim.
         No dia 10 de Setembro de 2012, dia do meu aniversário de 21 anos, sento-me de frente com duas figuras mitológicas, que fascinam os homens pela sua natureza amplamente poderosa e desconhecida. Diante do Ser tão diverso e poderoso que crio, a pergunta maior que nem eu, nem ela pode ter a resposta me vem à cabeça...


Tomie, você sabe o que acontece aqui na formação e no CCJ e qual o seu sentido de existir?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Registro, tentativa número 2 – Deixa eu dizer


Segunda-feira, 13 de agosto de 2012.

Quero antes de começar a falar sobre a segunda-feira passada falar de algo que foi bem recorrente neste ano do programa jovem monitor, as perdas. Logo quando entramos no CCJ já fomos informados de que a Dolores, até aquele instante gestora do eixo biblioteca, estava de saída do CCJ para ir trabalhar na coordenação das Bibliotecas das Fábricas de Cultura. Quem ficou em seu lugar foi a Melina e a Andrea entrou para o cargo que a Melina ocupava. Com apenas um dia de trabalho recebemos a notícia de que a Ingrid, monitora da recepção da biblioteca, recebera uma bolsa de estudos na área de áudio-visual e sem ao menos termos conhecido a garota ela já estava partindo. Mas ela deu lugar para Ana que para mim é uma pessoa que tem uma potência muito grande entre nós. Depois de algum tempo tivemos mais uma perda, que foi a saída do Thauan que havia recebido uma oferta de emprego dentro de sua área, assistência social. Foi uma perda triste para o grupo, sei que até hoje ele nos faz falta. Mas tivemos a entrada da Carol no lugar do Thauan que hoje é uma presença bem importante na equipe. Um pouco mais pra frente quem saiu foi o Gerson, da equipe de produção, que também foi atrás de um emprego que tem a ver com o que ele está estudando, foi ser educador na 30ª Bienal de São Paulo. Quem entrou para completar a equipe foi o Fernando que também tem sido uma presença bacana no grupo. Entre estas perdas teve também o Maurício, da equipe do educativo do Tomie Ohtake, não me lembro exatamente quando foi, mas ele deu lugar para o Felipe que tem nos acompanhado até então. E nossa perda mais recente foi a do Daniel Coronel que na segunda-feira, 06/08, nos comunicou que estava saindo para um estágio no Sesc Pompéia, mais uma pessoa que partiu. Em seu lugar entrou a Pamela que ainda não conhecemos direito, mas que ela seja bem vinda assim como todos os outros foram. Pra terminar esta história de perdas eu adianto um pouco o que foi o dia 13 de agosto, já que mais uma pessoa veio nos comunicar que estava de saída do CCJ. A Melina veio no período da tarde nos dizer que estava indo para o setor de programação de bibliotecas da secretaria municipal, disse que estava indo com bastante dor no coração, pois gosta muito de nossa equipe e tem imenso carinho por todos nós. A Andrea ficará em seu lugar de gestora e uma moça, que se me recordo bem chama Flávia, entrará para o cargo da Andrea. Pronto, acho que agora sim o assunto acabou.
Vamos para a parte em que eu começo a falar sobre o dia 13 de agosto. Só que antes de descrevê-lo vou dar uma expressão que me vem à cabeça quando lembro do encontro, “forçar a barra”.  Pra variar a galera estava atrasada, eu mesma cheguei com uns 10 minutos de atraso e só tinha umas 3 ou 4 pessoas, fora as educadoras. Aí ficamos aguardando um pouco e isso já era umas 10h30, mais ou menos. O encontro começou mesmo devia ser umas 10h45, e começamos com a tal meia hora de conversa que pra mim sempre funcionou muito mais pra galera da biblioteca e da internet livre do que pra mim que trabalho com a recepção. O dia foi apresentado e depois do papo, que eu não me recordo, falamos da programação dos monitores. E aí começa a “forçação” de barra. 
O bicho ta pegando, 
A chapa esquenta, 
O tempo passa, mas a evolução é lenta...
A Thamata chega e olha para Natame e depois dá uma olhada pra todo mundo, pedindo autorização do verbo, durante a semana rolou um papo de não fazer a programação e usar a grana pra fazer a fachada do CCJ e é isso que a Thamata fala. TENSÃO. Angela, Jô e Mari pareceram não gostar da ideia, mas tudo bem elas sempre dão um jeitinho.  E aí começou um bafafá. Eu em particular não tava muito por dentro da conversa, cheguei e o cronograma da nossa programação já estava montado no flip-chart e depois veio este papo que eu consegui acompanhar anteriormente e minimamente pelo facebook, acho que entendi meio torto e não tava concordando com este lance da fachada, já que estão pagando mó grana pra pintarem a fachada do CCJ, mas não tem nada a ver com por o nome e aí a comunicação é sempre meio falha e fica cheia destes ruídos que nos atrapalham. Mas o bafafá foi entre concordar, entre perguntar se dava pra fazer a fachada e entre gastar a grana com coisas mais legais dentro da nossa programação. O jeitinho logo foi arranjado. 
“- Não, não precisamos abandonar a programação. Fica mais potente se fizermos alguma atividade relacionada com a fachada, se ritualizarmos o acontecimento é mais fácil da gente conseguir.”
E eu com uma pulga atrás da orelha falei: se for pra ficar assim mascarando a coisa eu prefiro não fazer. 
- Mascarando? Não, não é mascarar. É que fica mais potente.
- Ok, tudo bem. Mas na fala parece que está mascarado... Que tem que fazer aquilo ali pra poder acontecer isso aqui.        
Enfim, o papo acabou meio assim no ar, com um silêncio destes do tipo que consentem. Pausa pro banheiro e pra um lanchinho. Eu levantei meio brava com esse papo da programação e da fachada, fiquei pensando que tava sendo forçado e do tipo comendo pelas beiradas, e eu não gosto disso. Mas tudo bem, passou. Na pausa a Mari, do Tomie, me perguntou porque é que eu havia sumido e eu respondi na maior sinceridade que eu estava/estou de saco cheio do Tomie, porque eu não to saindo do lugar e quando eu fico estacionada eu vou embora. E ela disse: - poxa Gi eu não quero te perder. Eu num riso de contentamento com o comentário disse que ela não iria me perder. E ela disse que sabia que não perderia meu corpo ali presente, mas que estava perdendo minha ação, meu pensar. Chegamos a falar da conversa sobre a programação. Perguntei se ela não achava que estava sendo meio forçado e ela me respondeu que não, que havia sido consensual e que todos haviam se animado com isso. Enfim...voltamos e a Jô iria ler seu registro.
- Depois dessa conversa meu registro ficou até obsoleto.
- Para de fugir, Jô.
Risadas sem graça.
Começou a leitura, eu não consigo me recordar exatamente do que a Jô escreveu, mas sei que achei um registro tranqüilo com alguns apontamentos sobre o que havia sido o encontro anterior e com gotículas de poesia e Joana que escorriam ali naquele papel. Deu pra sacar como aconteceram as coisas. Registro lido. SILÊNCIO. Olhares de mendicância suplicavam uma esmolinha qualquer. Quem seria o primeiro a estender a língua e dar a palavra que mataria a fome daqueles olhares pedintes?
-Uh.hum!
Risos.
- Já foi decretado aquele 1 minuto de silêncio após o registro.
Pra mim estava tudo dito. E volta a “forçação de barra.” Não havia esmola. Uma coisa ou outra foi comentada e fomos para o próximo assunto.
- A Ericka não vai se apresentar hoje, ela já havia justificado que por alguns problemas técnicos ela não se apresentaria. Quem serão os próximos?
Joga a bola pra lá e joga pra cá. Ficou decido. Natame e Allyson que irão se apresentar. Foi falado também sobre os artistas escolhidos para cada um e ficou decido que será feito em duplas e algumas pessoas receberão uma obra de determinado artista. Assunto encerrado.  
Fomos então discutir a programação, que na verdade não foi discutido. Entrou mais uma coisa no cronograma, que era a fachada, e fizemos subgrupos que na ideia era pra conversar e planejar as atividades previstas. Entrou um ali, outro aqui, e outro lá e fechamos. Todos cansados, a Ângela pergunta: O que a gente faz agora? E eu respondi, vamos almoçar. E ela concordou. Hora do almoço.Barriga cheia. Bora voltar pro Tomie!
Voltamos, a Andrea e a Melina estavam por lá e ficamos aguardando a chegada do Markito. Chegou. Recebemos a notícia da partida da Melina. Depois o Markito pegou a fala e começou a conversa sobre os atrasos no CCJ, eu não quero comentar muito sobre isso. Só me pareceu muito desonesto e que ficaram coisas no ar e rolou outro silêncio que estava consentindo com o assunto. O Markito falou também sobre o documentário que estão afim de fazer sobre o programa jovem monitor, foi só apresentada a ideia. E depois se falou muito sobre a oficina de pipas que não têm material para ser realizada e nem grana para comprá-los. Melina, Andrea e o Markito foram embora. Tivemos uma breve pausa depois da difícil conversa e voltamos com um vídeo em que o Bruno Perê e o Luís, dois ex-monitores do CCJ, falavam sobre políticas públicas, espaço público, com o que estavam trabalhando. Um vídeo interessante, mas passado aleatoriamente que gerou mais uma “forçação de barra.”
- Temos três opções, falar sobre o vídeo, dividir os grupos para conversar sobre a programação ou falar sobre a conversa de hoje, o que faremos?
Nada a comentar. A Angela ficou com aquele nó na garganta, o grupo ficou com aquele tédio e cansaço e mais outro silêncio consentia com aquele dia que Angela, ao fim do encontro, denominou como um dia de ausência de potência. 
- Posso interromper? Não é querendo ser chata, mas eu acho que a gente deveria ir embora e pronto, não tem mais o que ficar falando.
- É, tudo bem acabar antes.
- Ta bom.
- Tchau gente, até semana que vem.
Até o fim foi forçado a ser fim. E eu sai de lá com um cisco no peito, desses que incomoda. E eis aqui meu registro vomitando ciscos de angustia e descontentamento. E a barra foi forjada a fogo e forçada a ter a forma que desejassem que ela tivesse. E o bicho pegou na garganta da Angela, a chapa esquentou nos pés da roda do Tomie e o tempo passou na lentidão do silêncio que só sabia consentir e até que veio o grito que pedia o tão desejado fim. E assim ta bom, né?? Já era hora mesmo.
“Então deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida...preciso  demais desabafar”                                                

FIM.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Oficina de Criação de Pipas no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso

Na 5ª feira, 16 de agosto, aconteceu a segunda Oficina de Criação de Pipas no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso.
Idealizada pelos monitores Caroline Vieira e Bruno Canela, a atividade se distribui pelo mês de agosto, totalizando 4 oficinas de dois dias cada: o primeiro, dedicado à montagem e o segundo à parte prática.
Os próximos encontros serão nos dias 23,24, 30 e 31/08, das 14h30 às 16h00, nos espaços da Área de Convivência e Mirante.




















quinta-feira, 14 de junho de 2012

Registro do dia 16/04/2012 (Thamata)

Depois de algumas semanas pensando em fazer o registro, senti que chegou a hora. A Carol, nossa nova companheira fez o último registro do encontro (por sinal o seu primeiro encontro com o grupo) e a atitude dela talvez tenha dado o último impulso que eu precisava.

Cá estou, vamos lá! Voltando para a segunda feira, 16 de Abril de 2012.

Cheguei ao CCJ atrasada e um pouco irritada com situações ocorridas nos coletivos urbanos que levaram até lá, coisas de praxe (um aperto aqui, outro ali, uma parada para aguardar a movimentação do trem à frente e assim vai...). Bom, mas lá o coletivo é outro e logo o humor foi voltando ao normal, no bom sentido. Já tinha começado nossa meia hora de reunião para falar de assuntos relacionados aos postos (biblioteca, recepção, internet livre), cada equipe num canto. Fui me aconchegando junto a turma da biblioteca. Os assuntos estavam bem adiantados. Falamos mais algum tempo . Voltamos a roda completa. Senti falta de algumas pessoas e vi uma cara nova, não sabia seu nome, mas tinha certeza que era o novo educador, logo menos falo mais dele. A Ângela trouxe uma dúvida: O tempo de meia hora tem sido produtivo para todos os grupos? Identificamos que os assuntos relacionados à biblioteca demandam mais tempo de fato. O grupo tem mais integrantes e por consequência nos desencontramos mais durante a semana. Em resumo, continuamos com a meia hora sempre que necessário e surgiu uma ideia muito boa de usar parte desse tempo para falarmos também de coisas do interesse de todo o grupo. A Mary aproveitou a deixa e começou a falar de uma visita monitorada com uma turma de franceses que ela e a Érika haviam feito naquela semana, e que apesar das dificuldades de comunicação e tendo sido pega de surpresa no dia, deixou claro que foi bem interessante e contou de forma bem descontraída todos os ocorridos. Um suspiro para uma palavra: DISPOSIÇÃO.
O assunto “visita monitorada” tem chegado em nossos encontros algumas vezes e de formas variadas, é uma atividade que tem pedido atenção e que falta muito para chegar num ponto de sentir ela com propriedade, eis aí um desafio. A Mariana e a Ângela falaram de momentos cômicos e comuns que aconteceram durante as visitas que elas fizeram vida a fora e eu fiquei ali pensando que é isso aí: a segurança sobre determinadas ações nos permite encarar com mais leveza, mesmo quando as pernas tremem e você quer fugir. Eu ainda não cheguei nesse ponto, mas quero. Uma boa notícia: O novo educador, Felipe, chegou também para ajudar nessa atividade.

Qual será a história do nome e o livro que marcou um momento da vida da Mariana, da Carol e do Felipe? No começo isso era boa parte do pouco que sabíamos um do outro. Sinto que muita coisa mudou.
Chega a hora do Bruno apresentar sua correria, preenchida pelo Entre Becos e Vielas, um projeto de ocupação no bairro em que ele mora. Pelo que entendi, o intuito é gerar atitudes coletivas de cuidado com o bairro, de forma que todos sejam beneficiados, como a simples atitude de não jogar lixo no chão, por exemplo, e ao mesmo tempo uma apropriação do espaço de forma positiva e produtiva, firmados através de eventos envolvendo arte de rua (música e grafitt). Os eventos que rolaram até agora deram super certo e a comunidade abraçou a ideia. Uma matéria feita pela Rede Globo para o programa Criança Esperança meio que se apropriou da ideia do projeto e isso deu uma desmotivada no Bruno, mas nada como “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”. Logo mais, terá outro evento e estamos todos convidados, eba! Gostei muito da correria do Bruno, principalmente pelo caráter espontâneo. Lembrei de um momento em que o Bruno respondendo a uma pergunta da Ângela disse que a potência e a arte do projeto estão naquele momento do evento. É isso aí, la na ladeira da viela tem gente fazendo, sentindo e vivendo. Não pára não Brunão!

Lá vamos nós para o aprofundamento da cartográfica dos desejos. Isso, “desejos”, no plural. Será que somos todos um? Ou somos todos uns? Vejo a cartografia como algo que é nosso, como uma das primeiras formas do grupo mostrar o que quer e de transformar esses desejos em ações, ações de UM grupo.
O que é cultura? O que é arte? Espaço público x espaço privado. O que é ser Jovem? Jovem mediador, Programa Jovem Monitor e assim vai. Temos muita coisa para fazer, muito para absorver e aprender e que acredito que irão auxiliar em práticas. Rolou uma conversa a respeito, fizemos algumas sugestões, tiramos dúvidas e ficamos de trazer sugestões. O encontro da próxima semana já será baseado nesse aprofundamento.
Hora do almoço, super fome!

Na volta, um baita texto sobre Ação Cultural do Teixera Coellho nos esperava sob a mesa. Ah, tem também um regador azul, cheio de ar. A Ângela sugeriu que um voluntário fizesse algo com ele, de repente o que achássemos que ele estava pedindo. Eu fui enchê-lo de água e a Ana na seqüência começou a regar algumas plantas da biblioteca. Na hora esqueci de perguntar se a presença do regador tinha algum significado especial. Pela presença dele, pelo tamanho da mesa, e pela forma como nos sentamos tive a impressão que o grupo nunca esteve fisicamente tão próximo como estava naquele momento. Começamos a leitura do texto. Ele é extenso e aquela querida leitura fragmentada com intervenções de uma na leitura do outro não cabia. Fizemos uma leitura continua e depois conversamos algum tempo sobre o conteúdo ali abordado. Deu boas discussões e o texto de fato, é muito bom. Gosto da ideia de lermos o texto antes do encontro, ajuda a fixar mais o conteúdo e colabora para as conversas.
Fechada a conversa sobre o texto, a próxima atividade sugerida foi sairmos pelo entorno do CCJ e entrevistarmos pessoas afim de saber um momento da vida dela em que uma ação cultural tenha sido marcante. Antes de ir, rolaram alguns questionamentos sobre ir ou não, a finalidade, os porquês e enfim, VAMOS! Formamos duplas e trios e saímos. De cara, quando saímos (A Natame, a Mary e eu), encontramos dois freqüentadores que estavam no portão, um deles nós já conhecíamos. Eles não sabiam que o CCJ estava fechado. Perguntamos se eles topavam ser entrevistados e eles disseram que sim. No final das contas, conseguimos mesmo falar só com um dele, o mais falante: André. Tem 14 anos, gosta de esportes e um momento de ação cultural marcante em sua vida foi quando seu time de futebol da escola ganhou um campeonato e ele foi o artilheiro, com 32 gols. Ele acha que deveria ter atividades esportivas no CCJ e uma quadra. Depois disso, voltamos ao CCJ e cada grupo contou como tinham sido suas entrevistas. Em resumo, acho que falamos com muitas pessoas que não freqüentam o CCJ ou que conhecem o espaço, mas considera que ele não supri as suas necessidades, que são outras, esse lugar do elefante branco não supri suas necessidades. Um outro disse que quer pintar tudo aquilo ali de vermelho. Hoje, 22 de Abril. O dia está cinza, amanhã tem encontro no Tomie. Eu preciso terminar meu registro, mas não consigo. Acho que quero pintar ele todo de verde. Fim.