terça-feira, 10 de abril de 2012

Registro Danuza Novaes segunda-feira dia 02/04/2012 no Tomie




Quando cheguei não havia começado, encontrei com o Dani quando estava vindo. Perguntei pra Natami, se havia dado tudo certo com o registro, um sorriso querendo espantar o nervoso tomou seu rosto. Não sei porque,  o registro foi sensacional, quem dera eu saber escrever dessa forma.
Quando ela começou a ler, a ausência de palavras foi que não faltou pra descrever a ausência daquele dia. Confesso,  fiquei feliz em saber que consigo encorajar com meu sorriso, faço isso de coração. Não houve muitos comentários sobre o relato dela, ausência... (risos) acho que a Mariana queria justificar algo, se sentiu incomodada e o Felipe que já havia lido, eita ansiedade, não sabe brincar...

“Os livros criam novas amizades e formam laços de companheirismo até com quem não conhecemos. O poder da palavra escrita é imenso. As reverberações de empatia e de sentimentos compartilhados que ela desperta podem transcender fronteiras nacionais e derrubar as muralhas das diferenças ideológicas e étnicas — de fato, a palavra escrita pode transpor o abismo que separa culturas e até mesmo o tempo” (Terceira Civilização, edição no 406, 10 de junho de 2002, p.8).
Coincidência? Não, prefiro sempre optar por sintonia. Antes de chegar no Tomie, estava lendo meu jornal budista e havia um caderno especial com titulo  ”o poder das palavras”, nem havia me lembrado da programação do dia, e quando a Ângela apresentou sua correria, essa frase me  veio a mente.
Pra mim  não foi cansativo, gostei da Bilioteca de Emergência, da proposta da Lavanderia Editora, o carrinho de mão,  e de muitas outras coisas que ela apresentou naquele dia.  Gosto da frase “o fim do cem, fim“ me lembra Marcelino Freire. Gosto também da idéia de transformar a realidade com as palavras. Na verdade, tudo que tem potência  e reverbera vem da paixão.

Logo em seguida, fomos para experiências práticas, de ouvir,  e de ler para o outro. Eu me permiti ser experimentada por essa sensação, e gostei. Não reparei muito nos outros, entrei na proposta, interiorizei a proposta, ou seja, viajei, risos.

Pausa. Pausa para a  roda da comida, o lanche veio depois mas veio bem farto! Tinha um biscoito muito bom, acho que o Willian sabe o do que era, não consigo me lembrar...
Continuamos a roda mas agora era para repetir a leitura fragmentada. Não me lembro do texto, eu  brinquei de ler, a maioria ali, gostou de brincar com o texto também. A linguagem falou mais que o conteúdo. Perigoso.
Último exercício antes do almoço e não menos importante, os papéis azul e branco. A proposta era: individualmente cada um escolher um lugar que está morto, e escrever uma história extraordinária que viveu. Em grupo escolher uma das histórias, e inserir um elemento fantástico nela para depois, a gente descobrir de quem era a história.
 Bem legal, né!
Pensei muito sobre esse exercício e na verdade, a gente tem tantas histórias extraordinárias....o que acontece é que não a vemos assim, transformamos tudo em rotina,  prosaico. Somos condicionados a não imaginar, a perder a fantasia de viver a vida. Tudo nesse exercício inspirou meu lado artístico, quero compor uma canção com a história da pulga, um coco, será que as meninas topam?

Almoço, nossa! Virei The Flash, fiquei com medo de não pegar meu salário mas deu tudo certo, enfim... cheguei uns minutos atrasada e já estava rolando o vídeo do “Caçador de tufões“,  demorou um pouco para minha mente retomar ao grupo, mas voltou. Voltou quando vi o Thauam. Com certeza ele não vai só e não nos deixará só, as pessoas quando vivem de verdade, marcam. Sei muito pouco de política, pouco de tudo mas sinto mais do que sei, e sentir torna muito mais as nossas falas verdadeiras, o Thauam está provando que não vive só de discurso, espero vê-lo vivendo de verdade mais e mais!
Finalizando essa impressão sobre o dia, tivemos o último exercício que era retratar a cultura do bairro em vídeo.  Vários contratempos técnicos, cumprimos o combinado e mesmo saindo bem diferente da proposta inicial de cada grupo, houve um olhar otimista para todos eles. Não tivemos muito tempo para falar sobre o que fizemos, mas isso pra mim foi bom.
Senti satisfação em viver o dia 02/04/2012.
Se for pra resumir em uma frase, resumiria em, riqueza de espírito nos faz mais distante de sermos levados a seguir meramente o fluxo do que dizem ser o natural o da vida.
Fim?!

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