Quando cheguei não havia começado,
encontrei com o Dani quando estava vindo. Perguntei pra Natami, se havia dado
tudo certo com o registro, um sorriso querendo espantar o nervoso tomou seu
rosto. Não sei porque, o registro foi
sensacional, quem dera eu saber escrever dessa forma.
Quando ela começou a ler, a ausência
de palavras foi que não faltou pra descrever a ausência daquele dia. Confesso, fiquei feliz em saber que consigo encorajar
com meu sorriso, faço isso de coração. Não houve muitos comentários sobre o
relato dela, ausência... (risos) acho que a Mariana queria justificar algo, se
sentiu incomodada e o Felipe que já havia lido, eita ansiedade, não sabe
brincar...
“Os livros criam novas amizades e formam laços de companheirismo até com quem não conhecemos. O poder da palavra escrita é imenso. As reverberações de empatia e de sentimentos compartilhados que ela desperta podem transcender fronteiras nacionais e derrubar as muralhas das diferenças ideológicas e étnicas — de fato, a palavra escrita pode transpor o abismo que separa culturas e até mesmo o tempo” (Terceira Civilização, edição no 406, 10 de junho de 2002, p.8).
Coincidência? Não, prefiro sempre
optar por sintonia. Antes de chegar no Tomie, estava lendo meu jornal budista e
havia um caderno especial com titulo ”o
poder das palavras”, nem havia me lembrado da programação do dia, e quando a
Ângela apresentou sua correria, essa frase me
veio a mente.
Pra mim não foi cansativo, gostei da Bilioteca de
Emergência, da proposta da Lavanderia Editora, o carrinho de mão, e de muitas outras coisas que ela apresentou
naquele dia. Gosto da frase “o fim do
cem, fim“ me lembra Marcelino Freire. Gosto também da idéia de transformar a
realidade com as palavras. Na verdade, tudo que tem potência e reverbera vem da paixão.
Logo em seguida, fomos para
experiências práticas, de ouvir, e de
ler para o outro. Eu me permiti ser experimentada por essa sensação, e gostei.
Não reparei muito nos outros, entrei na proposta, interiorizei a proposta, ou
seja, viajei, risos.
Pausa. Pausa para a roda da comida, o lanche veio depois mas veio
bem farto! Tinha um biscoito muito bom, acho que o Willian sabe o do que era,
não consigo me lembrar...
Continuamos a roda mas agora era
para repetir a leitura fragmentada. Não me lembro do texto, eu brinquei de ler, a maioria ali, gostou de
brincar com o texto também. A linguagem falou mais que o conteúdo. Perigoso.
Último exercício antes do almoço e
não menos importante, os papéis azul e branco. A proposta era: individualmente
cada um escolher um lugar que está morto, e escrever uma história extraordinária
que viveu. Em grupo escolher uma das histórias, e inserir um elemento
fantástico nela para depois, a gente descobrir de quem era a história.
Bem legal, né!
Pensei muito sobre esse exercício e
na verdade, a gente tem tantas histórias extraordinárias....o que acontece é
que não a vemos assim, transformamos tudo em rotina, prosaico. Somos condicionados a não imaginar,
a perder a fantasia de viver a vida. Tudo nesse exercício inspirou meu lado
artístico, quero compor uma canção com a história da pulga, um coco, será que
as meninas topam?
Almoço, nossa! Virei The Flash,
fiquei com medo de não pegar meu salário mas deu tudo certo, enfim... cheguei
uns minutos atrasada e já estava rolando o vídeo do “Caçador de tufões“, demorou um pouco para minha mente retomar ao
grupo, mas voltou. Voltou quando vi o Thauam. Com certeza ele não vai só e não
nos deixará só, as pessoas quando vivem de verdade, marcam. Sei muito pouco de
política, pouco de tudo mas sinto mais do que sei, e sentir torna muito mais as
nossas falas verdadeiras, o Thauam está provando que não vive só de discurso,
espero vê-lo vivendo de verdade mais e mais!
Finalizando essa impressão sobre o
dia, tivemos o último exercício que era retratar a cultura do bairro em
vídeo. Vários contratempos técnicos,
cumprimos o combinado e mesmo saindo bem diferente da proposta inicial de cada
grupo, houve um olhar otimista para todos eles. Não tivemos muito tempo para
falar sobre o que fizemos, mas isso pra mim foi bom.
Senti satisfação em viver o dia
02/04/2012.
Se for pra resumir em uma frase,
resumiria em, riqueza de espírito nos faz mais distante de sermos levados a
seguir meramente o fluxo do que dizem ser o natural o da vida.
Fim?!
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